Oito de dezembro: eclipse em conjunção ao eixo nodal. Vou verificar: os nodos são pontos do mapa astral que representam o passado e o futuro. Hum...
Onze horas. Verifico o refrigerador: arroz integral de ontem, anteontem, do passado. O mesmo: como torná-lo diferente? Corto cebolas finas. Seco as lágrimas e enxugo o passado. Pimentão vermelho em cacos. Nozes picadas, damascos em pedaços, castanha ralada. Coração partido.
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Ligo o rádio e ouço o som das cebolas combinando-se com o azeite: pressinto promessas. Concentro-me no tempo presente. Sem precipitação. Simplesmente aguardo. Pimentão-vermelho-paixão, é a sua vez. Jogo agora o arroz do passado. Ah, descoberta alquímica: o jogo, o acaso. Então é isso? Brincar e jogar e criar? Então, vamos lá: nozes, damasco e castanhas (do Pará).
Que mais? O que quiser...
Uva-passa? – Sim...
Azeitonas pretas? - Não...
Aveia grossa? –Sim...
Sementes de linhaça? - Sim...
...e o jogo nunca termina...
E, como uma mágica, o novo acontece. O futuro como obra do acaso, do prazer de criar, do fazer diferente. Agora, é só rodear o arroz com verdes diversos de esperança.
Ah, querida amiga,
Como é bom temperar palavras, não é? Faz um bem danado para o coração (também dizem isso da cebola)da gente e a família encantada agradece. E os amigos também
Bjs