Telma Miranda
POR QUÊ?

Desejo de fugir para uma região impossível que não existe,
onde a paisagem fosse tão triste que nos desse vontade de não viver mais.
Meu coração pesado,
minha boca tão fria.
Por quê tantos olhos cheios de tantas lágrimas?
Por quê tantas palavras e tantos gestos?
Por quê este sol tão vivo,
este sol, meu Deus, e este sorriso,
este sorriso que é dela e que está dizendo,
dizendo agora, como sempre,
que a vida é bela, que a vida é bela?


Emílio Moura (1902-1971)
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4 Responses
  1. Sem respostas, mas encantado.

    Abraços,
    Paulo.


  2. Às vezes, Paulo, podemos nos perguntar porque poesia numa hora dessas. Mas é exatamente em tempos difíceis que ela se torna imprescindível. A "inutilidade" da poesia é tudo que nos pode salvar. Grande abraço. Telma.


  3. Isa Says:

    Concordo, ás vezes uma poesia pode parecer desnecessária. Mas ela é sim necessária, sempre..em qualquer momento. O que diferencia é a temática de cada uma, de acordo com o momento...
    adorei o blog, parabéns. :)


  4. "Inconstante
    como um desvio num gráfico.
    (...)
    E nesse intervalo de tempo,
    (entre uma metamorfose e outra),
    deixo-me levar
    por essa levíssima embriaguez
    que me apetece bem pouquinho,
    bem pouquinho..."
    Poesia pura, Isa. Desviar-se, embriagar-se, apaixonar-se: ir sendo. Bjs. Telma.


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