Telma Miranda
Hoje, dia 20 de agosto, às 7:01, o encontro: Lua e Sol. Mais uma lua nova. Dizem que é o momento propício para iniciar projetos. Dizem também que não é uma boa hora para cortes de cabelo. Essas indicações nada mais são do que tentativas de nos aproximarmos mais da natureza e agir em comunhão com ela. Pela manhã, portanto, aconteceu o encontro, escondido pelas nuvens. Na minha imaginação (santa e terrível imaginação!), visualizei o "encontro" dos dois no espaço infinito. Na imaginação, tudo é possível, pois é claro que esse encontro não existe. Ou melhor, existe de um ponto de vista nosso, mas ambos estão apenas "passeando" no cosmos a quilômetros de distância. Mas, insistindo no imaginar, penso nos dois astros tão próximos que quase se tocam no silêncio do vazio. Me lembro então do primeiro movimento da Sonata ao Luar. Beethoven (1770-1827) foi um dos grandes representantes do romantismo na música erudita. Ele compôs a sonata 14, opus 27, n.2 que só mais tarde recebeu o nome de Sonata ao Luar. A melodia, tão melancólica, tem a densidade característica do romantismo. Principalmente o primeiro movimento - o adágio - que me pareceu uma boa dica para esse dia de lunação.

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